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22/10/2019 - 11:22

Fraudes em contratos de R$ 10 milhões firmados entre Cepromat e empresa foram delatadas por Silval e Nadaf

De acordo com delações, desvios de recursos tinham objetivo de quitar um dívida de Silval Barbosa com Piran

Os contratos da empresa Avançar Tecnologia em Soft Ware com o antigo Cepromat – atual Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI), para fornecimento de programas de computador nas escolas estaduais, foram feitos para com o objetivo de beneficiar o empresário Valdir Piran, revelaram o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, em depoimento prestado em junho do ano passado à Controladoria Geral do Estado (CGE).

Os contratos serviram como base para a deflagração na manhã desta terça-feira (22) da Operação “Quadro Negro”, em que foram presos, além de Piran, os ex-presidentes do Cepromat, Wilson Teixeira, o Dentinho, e Djalma Soares; o ex-secretário-adjunto de Educação, Francisvaldo Pereira Assunção, e o empresário Weydson Soares Fonteles.

de acordo com Silval e Nadaf, os contratos com a Avançar Tecnologia foram firmados no valor de R$ 10 milhões, e teriam sido alvos de fraudes, para que por meio de desvio de recursos públicos, um dívida de R$ 10 milhões de Silval com Piran pudesse ser quitada.

O primeiro contrato firmado em 2014 e encerrado em 2015, foi no valor de R$ 5 milhões e previa a aquisição e instalação de 250 mil licenças de uso de software educacionais a serem instalados em 278 computadores interativos, de 30 escolas de Cuiabá, Várzea Grande e outros 11 municípios, além dos serviços de customização, mídias de instalação, capacitação dos professores, manutenção e acompanhamento técnico pedagógico.

Entre as irregularidades, foi descoberto que dos 815 títulos de aulas interativas fornecidos, 101 não possuíam nenhum conteúdo e 38 tinham a inserção de uma figura com status “carregando”. Assim, a empresa entregou efetivamente 676 títulos, ao passo que o contrato previa o fornecimento de 900.

Já o segundo contrato, também firmado em 2014 e no valor de R$ 5 milhões, previa a aquisição de 188.400 licenças de uso de softwares educacionais a serem instalados em 157 salas de aulas de 30 escolas de Mato Grosso (educação básica), porém de acordo com auditoria da CGE, da 30 escolas onde eram previstas as instalações, nove não receberam nenhum software.

 

 

 

 

 

Fonte: https://odocumento.com.br

 

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