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“Há uma forte restrição nas bases do DEM em apoiar o ex-vice-governador Carlos Fávaro na nova disputa ao Senado”. A afirmação é do líder histórico do DEM em Mato Grosso, o ex-governador Júlio José de Campos, sobre a posição do partido para a eleição suplementar de 2020 com a cassação da senadora Selma Arruda (Podemos), pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Conforme Júlio Campos, isso deve-se aos atritos ocorridos na reta final da campanha de 2018, entre Fávaro e o senador Jaime Campos (DEM). Segundo Júlio, na reta final da eleição para senado em 2018, seu irmão eleito senador, Jaime Campos, sentiu a traição de Fávaro (PSD), principalmente na região do médio norte onde ele Fávaro tinha uma forte liderança .Campos acredita que a base do DEM não vai topar essa aliança com Fávaro. “Não vamos desconhecer, houve certa beligerância entre o DEM, principalmente os aliados de Jaime Campos, e os aliados do Fávaro”, disse.
Fávaro foi do arco de aliança que elegeu Mauro Mendes (DEM) ao Governo e Jaime Campos (DEM) ao Senado, em 2018, mas terminou o pleito em terceiro lugar. Segundo Júlio Campos, a confirmação da cassação de Selma veio junto de uma orientação nacional do Democratas de lutar para ter mais uma cadeira no Legislativo Federal.
Fávaro foi o responsável por provocar o processo que resultou na cassação de Selma. Na ação, ele pedia ainda sua diplomação automática no cargo. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nos termos do voto do relator do caso, ministro Og Fernandes, “que a Constituição Federal determina uma nova eleição para senador, caso o cargo fique vago, sem suplente para substituir o titular, e faltem mais de 15 meses para o término do mandato”.
Nos bastidores, surgiram comentários dando conta de que, ao ver seu crescimento nas pesquisas eleitorais, Fávaro – companheiro de chapa de Jaime – teria deixado de pedir votos para o democrata, que até então liderava as pesquisas.
“Sabemos hoje que nas bases do DEM há uma forte restrição a esse possível apoio ao Fávaro, em virtude dos atritos finais dos últimos dias da campanha”, resumiu o democrata que também tem seu nome defendido por uma ala do partido para disputar a cadeira do Senado.
Por: Odocumento