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O juiz Claudio Juliano Filho, acolheu parecer do Ministério Público de São Paulo e considerou como prescrita a denúncia contra o ex-governador Júlio Campos (DEM), por suposto envolvimento nas mortes do geólogo Nicolau Ladislau Eryin Haralyi e do empresário Antônio Ribeiro Filho, ocorridas em 2004.
A decisão segue orientação do Superior Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que havia determinado em dezembro de 2019 que a juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, avaliasse o pedido de prescrição do caso solicitado pelo Ministério Público, que considerava o fato de, entre a denúncia e seu recebimento, ter se passado mais de dez anos, e o político mato-grossense ter mais de 70 anos de idade.
Júlio Campos foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2013 quando exercia o seu terceiro mandato de deputado federal, tendo portanto, foro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entenda
O geólogo Nicolau Ladislau teria descoberto a existência de pedras preciosas nas terras da Agropastoril Cedrobom, em Mato Grosso, empresa pertencente a Antônio Ribeiro Filho. Este as teria vendido a Júlio Campos, que por sua vez, as teria registrado em nomes de laranjas. O geólogo trabalhava para a empresa.
Nicolau foi morto na cidade de São Paulo em julho de 2004 e Antônio Ribeiro Filho foi assassinado no mês seguinte no Guarujá, no litoral paulista.
Ainda conforme a denúncia, as duas vítimas foram assassinadas a mando Júlio Campos porque ele queria garantir a posse das terras e esconder a transferência da área para laranjas.
Fonte: Odocumento