Representado no Palco da Vida
Quem sou? De onde vim? Qual o verdadeiro sentido da vida? Estou aqui por acaso, ou tenho algo a realizar? Quando começo a realizar? Por que não estou realizando? Como realizar?
A vida é um palco, um grande palco!
A vida é um palco, um grande palco. Proporcionamos o espetáculo e ao mesmo tempo assistimos ao espetáculo. Somos atores e somos espectadores. No grande palco da vida, mesmo quando estamos na plateia fazemos parte do espetáculo, aplaudindo ou criticando as vidas vividas pelos personagens encarnados nos atores e atrizes, que representam seus papéis, de acordo com o script.
No grande palco da vida, vivemos comédias e vivemos tragédias. Somos os mocinhos e mocinhas das histórias, ou somos os grandes vilões. Somos aquele que vence sempre no final, ou somos os perdedores.
Fazendo uso da livre agência, escreveremos a história de um personagem inteligente, ousado, de cabeça erguida, que luta contra as injustiças, que não se vende, que não conhece o medo nem teme a derrota, que não se acovarda diante dos obstáculos e que seja um personagem impulsionado para frente e para o alto, rumo a linha de chegada, onde certamente receberá os louros da vitória!
Às vezes representamos papéis criados pelos outros, o que nos faz perder a identidade. Quase sempre somos o que os outros querem que sejamos; falamos o que os outros querem que falemos. Somos “o boneco do ventríloquo”; somos uma espécie de “maria vai com as outras”, porque carregamos “refugos” acumulados em nossa cabeça durante os anos de nossas vidas, desde o dia em que saímos da maternidade. Somos infelizes, porque não somos aquilo que gostaríamos de ser, e não representamos no mundo o papel que gostaríamos de representar.
Recebemos, desde a mais tenra idade, muitas mensagens positivas e negativas, que influenciam nossa maneira de pensar, sentir e agir. É necessário parar para fazer correções no rumo que estamos seguindo; é necessário fazer uma avaliação em nosso desempenho no mundo, e nos papéis que estamos representando, verificando a necessidade ou não de mudança no script.
Muitos atores e atrizes do teatro, cinema e televisão não conseguiram notoriedade – embora talentosos – por não terem conseguido um papel que os consagrasse. Ficaram esperando o grande momento, que nunca chegou. Ficaram esperando que alguém lhes criasse um personagem empolgante, que deslumbrasse o mundo, que lhes desse a glória!
Não fique aí esperando que alguém venha lhe trazer um papel importante para ser representado no palco da vida. Escreva a história que vai representar, e viva intensamente o papel principal!
Como escrevi no artigo anterior sobre o potencial da semente que pode continuar sendo uma semente, ou pode se transformar numa floresta, assim também nós, temos um imenso potencial para fazer grandes realizações, grandes apresentações no palco da vida!
Na verdade, há muitos papéis que você pode representar e que tem tudo a ver com o seu jeito de ser, mesmo que seja um papel secundário represente-o com o coração e a alma, que o mundo vai aplaudi-lo de pé!

Corrêa José Abraão.