Com muito seguidores nas redes sociais, o deputado federal José Medeiros (Podemos) utiliza esses canais, diariamente, para postagem a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas, de um outro lado, participa dos debates do seu partido, o Podemos, na construção de candidaturas para 2022, especialmente, a do ex-ministro Sérgio Moro – desafeto do presidente.

Essa situação dúbia já chamou a atenção das duas alas, a dos bolsonaristas e do seu próprio partido, uma vez que o Podemos trabalha, desde maio do ano passado, a eventual candidatura do ex-juiz da Lava Jato ao Planalto no ano que vem. O Podemos aguarda a decisão de Moro, mas vem articulando a candidatura desde o ano passado, algumas das tratativas com a participação de Medeiros.

O presidente da República, candidato declarado à reeleição, tem acompanhado essas articulações com atenção, se, segundo seus seguidores, não tem gostado das informações que recebe, principalmente dos filhos Flávio e Eduardo.

-“O que não fica bem definido é essa posição de dois sentidos, de duas naturezas da parte do deputado mato-grossense. Se ele dá um beijo, no mesmo instante dá um tiro”, observou uma liderança do PSL, da parte do ex-partido do presidente que o apoia. Segundo a mesma liderança, não se pode fazer política dessa forma, acendendo duas velas com endereços extremos.

Filiado ao Podemos pelo qual disputou e perdeu a eleição suplementar ao Senado, no ano passado, Medeiros foi pivô de uma disputa pelo apoio do presidente durante a campanha, mas a estratégia não deu certo e está mais inviável nos dias de hoje, sendo vista pelo Podemos como inviável, já que o partido tem caminhos distintos do Planalto para 2022, embora seja um partido que no Congresso ande dividido no apoio a alguns projetos do presidente.

Ainda atuando em duas frentes, Medeiros vem tentando construir e emplacar a improvável candidatura do empresário cuiabano do ramo de estética, Ygor Alessandro de Moura, dono da rede de clínicas de depilação Espaçolaser. De o empresário vir a ser o candidato no ano que vem, é um cenário visto como oportunismo e um caminho “fora de cogitação” por líderes dos dois lados. Atitudes como estas reforçam a premissa de que o deputado federal de Rondonópolis apenas se aproveita da popularidade do presidente e continua a seguir o projeto do Podemos que tenta construir uma candidatura contra Bolsonaro no ano que vem, pelo Podemos e outros partidos que estão sendo sondados para uma aliança forte no ano que vem.

Atitudes como estas reforçam a premissa de que o deputado federal de Rondonópolis apenas se aproveita da popularidade do presidente e continua a seguir o projeto do Podemos que tenta construir uma candidatura contra Bolsonaro no ano que vem, pelo Podemos e outros partidos que estão sendo sondados para uma aliança forte no ano que vem.

Fonte:  Odocumento