- Cuiabá
- QUINTA-FEIRA, 8 , MAIO 2025
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Agenda:
Após alguns dias de queda das cotações no mercado físico em oposição ao avanço observado nos contratos futuros negociados na B3, a arroba ficou estável no físico e recuou na bolsa. Com a aproximação da segunda quinzena do mês, em que naturalmente o consumo de carne bovina se reduz no Brasil, a pressão negativa do aumento da oferta pode seguir gerando desvalorização da arroba.
Na B3, a queda nas cotações foi disseminada entre a curva futura, mas com variações pequenas. O vencimento para maio passou de R$ 309,25 para R$ 308,95, o para junho foi de R$ 313,95 para R$ 313,20, e o para outubro, de R$ 332,80 para R$ 332,40 por arroba.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações do milho em Chicago recuaram de maneira expressiva em virtude de notícias de que o tráfego de navios e barcas em região importante nos Estados Unidos está sendo bloqueado. O mercado especula se isso pode acarretar diminuição da demanda internacional por grãos norte-americanos. Além disso, os resultados de exportação dos EUA ficaram abaixo do esperado. Dessa forma, o vencimento para julho recuou 5,6% e ficou cotado a US$ 6,746 por bushel.
No Brasil, as cotações tiveram queda expressiva seguindo movimento de Chicago. Em Cascavel (PR), a saca passou de R$ 105/109 para R$ 103/105, e em Campinas (SP), de R$ 108/110 para R$ 107/109. Na B3, as baixas foram ainda maiores e grande parte da curva já está sendo negociada abaixo de R$ 100 por saca.
O mesmo problema de bloqueio do escoamento da produção apontado para o milho penalizou as cotações da soja negociada em Chicago. O vencimento para julho recuou 3,56% e passou de US$ 16,424 para US$ 15,84 por bushel, anulando totalmente as duas boas altas observadas entre terça e quarta-feira.
No Brasil, o mercado sentiu a pressão do exterior e o indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de baixa dos preços. A cotação variou -2,57% em relação ao dia anterior e passou de R$ 182,97 para R$ 178,27 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 15,83% e em 12 meses, os preços alcançaram 54,65% de alta.
O mercado físico brasileiro de café arábica registrou preços estáveis, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Com a volatilidade observada no exterior, as negociações no Brasil ficaram travadas. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 785/795, e no cerrado mineiro, o bebida dura ficou em R$ 800/810.
Em Nova York, os preços ficaram praticamente sem alteração com o contrato para julho, recuando 0,07%, passando de US$ 1,465 para US$ 1,464 por libra-peso. As cotações oscilaram bastante durante o pregão, porém, a forte queda do petróleo acabou exercendo o maior ponto de pressão negativa sobre os preços.
Um dia após a inflação ao consumidor surpreender negativamente o mercado ficando muito acima do esperado, o índice de preços ao produtor mostrou comportamento similar. A alta no mês de abril foi de 0,6% enquanto as projeções indicavam avanço de 0,3%, na comparação mensal. Na variação acumulada em 12 meses, o indicador teve alta de 6,2%, ante expectativa de 3,8%.
Por outro lado, o mercado de trabalho mostrou sinais positivos com mais um recuo nos pedidos de seguro-desemprego. Com a diminuição da aversão ao risco, as bolsas europeias e norte-americanas apresentaram recuperação parcial após as fortes quedas do dia anterior.
O IBC-Br, indicador conhecido como prévia do PIB e calculado pelo Banco Central, teve alta anual de 2,3% no primeiro trimestre. O resultado ficou bem acima do projetado pelo mercado e gerou revisão de estimativas para o crescimento do PIB em 2021. O resultado em março foi uma queda de 1,59% em relação a fevereiro e também foi melhor que as expectativas que projetavam recuo ainda maior em virtude da piora da pandemia.
Com uma pressão menor do exterior, o índice Ibovespa teve valorização de 0,83% e ficou cotado a 120.705 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial, apesar de operar em queda na maior parte do dia, fechou em leve alta de 0,15%, a R$ 5,313.
Fonte: Canal Rural