O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou na noite de segunda-feira (3) durante inauguração da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Ribeirão do Lipa, que não fará “vacinação em massa” de crianças com o objetivo de garantir 100% do retorno presencial nas escolas municipais. Conforme o prefeito, a decisão sobre vacinar ou não crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19 caberá aos pais.

Emanuel também informou que não tomou nenhuma decisão a respeito de exigir receita médica para a aplicação das vacinas, explicando que vai convocar o Comitê Municipal de Enfrentamento à covid-19 para discutir o assunto. “Estou muito preocupado, é um ponto que está me causando preocupação muito grande, porque todos somos pró-vacina e Cuiabá fez bonito, saiu à frente. Mas está havendo uma polêmica no comitê, e alguns membros do comitê de enfrentamento à Covid-19, ainda vou chamar a reunião. Mas acho que a autorização dos pais é inegável, você não pode pegar uma criança de 6, 7 anos e ir vacinando por conta, numa escola, não tem nem como. Agora, os pais que quiserem vir a uma unidade como essa e vacinar seus filhos nós seremos obrigados a fazê-lo”, disse.

Em Mato Grosso, a vacinação de crianças foi oficializada pela Resolução nº 166 da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-MT), emitida na tarde doúltimo 28 de dezembro. De acordo com o documento, a vacinação de crianças desta faixa-etária ocorrerá com o acompanhamento de pais ou responsáveis. Para fins de registro, deverá ser exigido um documento oficial de identificação da criança e não será necessária a apresentação de prescrição médica para o ato da vacinação.

A vacinação deste público só terá início após o envio de doses específicas pelo Ministério da Saúde e emissão de nota técnica referente à aplicação.

Fonte:  Odocumento   |   Foto:   Gustavo Duarte