Dando demonstração de irritabilidade com críticas e ‘ameaças’ de debandada de aliados políticos do seu partido, o União Brasil, como o ex-governador Júlio Campos e do seu líder na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal Bosco, além de outros personagem de siglas que apoiam seu governo, o governador Mauro Mendes afirmou na manhã desta terça-feira (22) que foi eleito para governar Mato Grosso e não para ficar cuidando de partido político.

“Eu fui contratado para ser bom para o cidadão, eu fui contratado pela maioria dos mato-grossenses pra cuidar do Estado, não para ficar cuidando de partido político”, disse Mendes à rádio Jovem Pan Cuiabá.

Na última semana, Júlio Campos, que é pré-candidato a deputado estadual, criticou a demora do governador em organizar chapa para a Assembleia e Câmara Federal, e disse que poderia sair do União Brasil. Já Dal Bosco, disse que a formação do novo partido está desorganizada, além de se ver em desvantagem na disputa pela reeleição, já que alguns secretários estaduais como Gilberto Figueiredo (Saúde) e Beto dois a Um (Esportes e Cultura) devem ser candidatos a estadual.

Mendes disse que é defensor do diálogo para aparar arestas internas e que sua postura em priorizar a gestão do Estado e entregar resultados ao invés da política, vem desagradando alguns aliados, além de outros que perderam benefícios pessoais classificados por Mendes como “mamata”.

“Eu respeito a todos, acho que deve ter diálogo, isso é importante. Mas, o governador Mauro Mendes foi contratado para consertar MT e consertamos, para fazer as coisas e melhorar a vida da maioria da população. Não pretendo agradar todo mundo. Tinha gente aí que tinha mamata e nós cortamos a mamata, e o cara ficou bravo comigo. Mas é melhor ficar bravo comigo e eu poder atender o estado inteiro”.

“Esse é o governador Mauro Mendes, que veio para trabalhar pelo cidadão. Aí vem partido político e agente político e ficam bravos comigo. Agora, é melhor eles ficarem bravo comigo e eu estar bem com a população, por que eu fui contratado para atender a população e não partido político”.

Fonte:  ODocumento  |  Foto:  Mayke Toscano