- Cuiabá
- QUINTA-FEIRA, 21 , AGOSTO 2025
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Pré-candidato a deputado federal por Mato Grosso, o ex-secretário municipal de saúde, Aray Fonseca (PL), concedeu entrevista à Rádio Capital na última quinta-feira (30) e comentou sobre os gargalos na saúde e de que forma eles poderiam ser resolvidos para que a população tenha acesso a atendimento de qualidade.
Aray Fonseca, que também já foi deputado estadual, pontua que um dos primeiros passos a se observar para conseguir melhorar o setor, no entanto, é o tratamento que é dado aos profissionais envolvidos na área. “Precisamos cuidar deles. Motivados e valorizados eles vão levar uma saúde de qualidade para chegar nos locais onde a gente quer”, defende.
Para tanto, pontua, remuneração justa e condições de trabalho são fatores essenciais. “Não se leva algo de ponta sem que os médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas e educadores da área estejam bem. E para isso, precisam ter uma boa remuneração e condições de trabalho. O que inclui insumos, materiais e estrutura física”, avalia.
O pré-candidato defende ainda que os Postos de Saúde da Família (PSF) recebam mais investimentos, pois são peças fundamentais para a prevenção de doenças complexas. “É muito mais fácil comprar um remédio para hipertensão e diabetes, que sai muito mais barato, do que deixar faltar esse remédio, 2 ou 3 dias e a pessoa ter um AVC, um infarto e ir para o pronto-socorro e custar milhões”, comenta.
Enquanto deputado estadual, Aray Fonseca fez várias indicações ao governo do Estado que causaram grande impacto. Dentre elas, o da construção do Hospital Regional em Tangará, obra que somente veio a ser executada, no entanto, na atual gestão do governador Mauro Mendes (UB). “Já sabia que aquela região precisava e em 2010 fiz a indicação”.
Aliás, foi o ex-gestor, enquanto secretário municipal de Cuiabá, o responsável por inserir o sistema de triagem nas unidades de pronto-atendimento da capital. “Colocamos algumas enfermeiras para fazer a classificação de risco, às vezes a pessoa ia lá só para ver a pressão e não precisava passar pelo médico. Olhava, estava bem e então ia embora e, assim, diminuiu a demanda”, lembra.
Outro problema importante resolvido por ele na época foi a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele recorda que abriu novos leitos em sua gestão, mas que percebeu que o problema não era somente o número de vagas. “As pessoas ficavam muito tempo na UTI. O número de fisioterapeutas não estava adequado e a fisioterapia é muito importante para que o paciente saia mais rápido”.
Dessa forma, ele determinou a contratação de dezenove fisioterapeutas para o pronto-socorro. “Então, aquelas pessoas que ficariam internadas, em média, 40 ou 50 dias na UTI, baixamos esse prazo para 25 e 30 dias. Os pacientes saiam mais rápido. Mas para tudo isso é preciso entender a saúde”, defende.
Fonte: Odocumento