Os 30 presos na ‘Megaoperação Recovery’ da Polícia Civil no dia 31 de março em Sorriso (a 400 quilômetros de Cuiabá) na qual foram cumpridos 97 mandados de prisão e busca e apreensão e captura de acusados de homicídios ligados ao tráfico de drogas, chega ao seu 24º dia nesta segunda-feira (22) com os inquéritos [processos] praticamente concluídos e prontos para decisão judicial.

A informação é de um delegado envolvido na operação, mas que pediu anonimato já que processos em curso não podem ser esmiuçados e nem divulgados. O delegado apenas falou que os inquéritos estão avançados e devem fechar até o final deste mês.

Na operação, os 170 policiais convocados para a força-tarefa, englobando pessoal de campo e da inteligencia e quatro delegados diretamente, fizeram 30 prisões, cumpriram busca e apreensão e quebra de sigilo bancário e bloqueio de R% 1 milhão, além de apreensão de veículos – entre automóveis e motocicletas.

Durante todo o dia foi um entra geral de bandidos presos, incluindo suspeitos de homicídios

A ação fez parte das diligências para combate à associação para tráfico, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro contra integrantes de facção criminosa.
Nas investigações, antes do trabalho de rua, ficou comprovado o funcionamento do comércio de drogas, além da compra de patrimônios com o dinheiro do tráfico, e tudo muito bem planejado através da base em Sorriso com atividades criminosas em todos os cerca de 16 municípios do chamado Nortão e algumas cidades do sul do Pará. No contexto do tráfico de drogas, três pessoas comandavam o setor.

Outras lideranças eram distribuídas em atividades como venda de armas, compra de bens para lavar o dinheiro, controle e do fluxo do tráfico e do dinheiro, compra e venda de carros e motos, extorsão e ameaças, além de morte aos que desrespeitavam as regras do jogo sujo.

A investigação também constatou que toda a movimentação era registrada em planilhas com a quantidade de entorpecente encomendada e vendida aos ‘lojistas’, contabilizada e os recebimentos eram pulverizados em contas de ‘laranjas’. Havia ainda uma tabela de preços, controle de pagamento e histórico de débitos dos lojistas vinculados.

Equipes chegaram bem cedo aos endereços dos acusados, com dezenas de viaturas e 170 policiais  Foto: SESP