A juíza Vandymara Paiva Zanolo, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, negou um recurso de Carina Maggi Martins, irmã do ex-ministro Blairo Maggi, que tenta na Justiça o reconhecimento dos mesmos direitos que os outros irmãos possuem na herança de André Maggi.

A tentativa ocorre porque Carina é filha fora do casamento, e acusa os demais membros da família Maggi de ter cometido fraude em um acordo dentro do clã, ao qual ela não teria sido incluída como herdeira da fortuna estimada em mais de R$ 35 bilhões do patriarca André Maggi.

No recurso, Carina Maggi alega que uma decisão anterior do processo, que negou o seu pedido de acesso aos documentos e ao imposto de renda da família Maggi, não havia sido clara. “A embargante alega que a sentença que julgou extinta a ação de produção antecipada de provas é obscura, na medida em que ela não poderia analisar o mérito da futura demanda. Também afirma que a extinção da ação foi omissa, já que os requeridos/interessados não foram citados e somente uma das correqueridas compareceu espontaneamente no processo”, diz trecho do recurso.

Isto porque, no passado os filhos de registro de André Maggi pagaram R$ 1,9 milhão à irmã para excluí-la da condição de herdeira da família.

No entanto, a juíza Vandymara Paiva Zanolo entendeu que Carina Maggi pretende, na verdade, realizar uma “verdadeira devassa”, com o intuito de “forçar um novo acordo” em benefício próprio. “Aparentemente a embargante pretende munir-se de diversos documentos dos requeridos, seus familiares e empresas etc., para propositura de nova ação ou para forçar um novo acordo entre as partes. Ainda, ante a natureza dos documentos solicitados, sigilosos, inclusive, a autora pretende exercer verdadeira fiscalização e devassa sobre a atividade empresarial dos requeridos, tudo sob o argumento de que foi enganada pelos demais herdeiros quanto ao real patrimônio do seu falecido genitor”, destacou a juíza.

Fonte:  ODOC