- Cuiabá
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Líder da facção criminosa Comando Vermelho, o detento Sandro da Silva Rabelo, mais conhecido como ‘Sandro Louco’, mandou enviar um revólver para sua tia Irene Pinto Rabelo Holanda, 78 anos, se proteger de assaltos e furtos em Cuiabá.
A informação consta em inquérito da Operação Ativo Oculto deflagrada em 24 de março pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga crimes de lavagem de dinheiro.
Irene Pinto foi um dos alvos da operação e teve na ação um veículo VW Nivus avaliado em R$ 124.548,00, um terreno localizado no Jardim Mossoró, no valor de R$ 65.000,00, um terreno localizado no Residencial Pauleceia, no valor de R$ 45.000,00 e um terreno no bairro Pedra 90, no valor de R$ 70.000,00, bloqueados pela Justiça, tendo em vista que todos os terrenos haviam sido pagos em espécie.
Consta dos autos, que momento da busca e apreensão na residência de Irene, em 23 de março durante a Operação Ativo Oculto, os agentes encontraram uma arma de fogo calibre 38, Taurus e 12 munições, além de R$ 36.510,00 em espécie. Aos policiais ela informou de maneiro informal que Sandro forneceu a arma de fogo para a sua proteção, considerando que já foi vítima de furto/roubo. Sobre o dinheiro, disse que estava juntado para a cirurgia de sua neta.
Nesta quarta-feira (31), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido feito pela defesa da idosa, para reaver o veículo VW Nivus avaliado em R$ 124.548,00, alegando que a aquisição do automóvel não tem ligação com a atividade ilícita do sobrinho.
“Tocante ao produto do crime, pode ser este direto (producta sceleris), decorrente do resultado imediato do crime, ou indireto (fructus sceleris), o qual seria o proveito obtido pelo criminoso como resultado da utilização econômica do produto direto da infração penal. Logo, uma vez que há, na espécie, veementes indícios de proveniência ilícita do bem, fica este sujeito a perdimento e não pode ser restituído. Assim, por todo o exposto, INDEFIRO o pedido de restituição de veículo apreendido”, diz trecho da decisão.
Em abril, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, acolheu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra Irene Rabelo, Sandro Louco, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo (esposa de Sabdro) e outros familiares do criminoso, sendo eles: Alessandra Rabelo Uszko (prima), Laura Verônica Alves Souza Rabelo (ex-esposa), e outros 24 membros da organização criminosa.
Fonte: ODOC