Prestes a se filiar ao Partido Social Democrático (PSD) visando as eleições de 2024, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), declarou que caso se filie-se no partido do ministro Agricultura, Carlos Fávaro, deverá apoiá-lo em uma eventual candidatura no pleito eleitoral de 2026.

A expectativa é que o ministro concorra pela vaga de governador de Mato Grosso, contra o candidato de seu rival e atual gestor do estado, Mauro Mendes (União). “Evidentemente que se eu tiver no PSD não tem como eu estar com outro grupo que vai trabalhar para as eleições de 2026, isso é claro. Eu não sou de ficar com o pé em uma canoa e o outro pé na outra”, afirmou em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.

Mauro Mendes e Carlos Fávaro se tornaram “inimigos políticos” nas últimas eleições, após o até então senador optar por apoiar a candidatura ao Senado de Neri Geller (PP) e a da primeira-dama, Márcia Pinheiro (PV), ao invés do governador á reeleição e a de Wellington Fagundes (PL). O político chegou a ser chamado de “traidor” pela primeira-dama do estado, Virginia Mendes.

Além disso, quando se tornou ministro, Fávaro não caiu nas graças do setor do Agronegócio em Mato Grosso, por integrar a equipe do então candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições do ano passado, contra Jair Bolsonaro (PL), ao qual tinha maior eleitorado no estado.

Questionado a respeito de como faria para “limpar” a imagem do ministro perante a ala de extrema direita de Mato Grosso, Botelho declarou que na política, o que vale é a “arte de engolir sapos”. “Pode ser né, nas eleições eu já vi coisas, já vi gente brigando durante a eleição e no dia, abraça e vai embora. Então, tem muito tempo ainda, muita coisa para acontecer. Nosso saudoso Leonel Brizola já dizia que a política é a arte de engolir sapos. Quando ele foi apoiar o Lula, né, ele falava isso. Então, tudo é possível na política”, finalizou.

Fonte:  ODOC   |   Foto:    Maurício Barbant