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14/05/2025 - 10:37

Brasil conquista abertura de 5 novos mercados agropecuários na China

O agronegócio brasileiro ampliou, nesta semana, sua presença no mercado chinês com a abertura simultânea de exportações para cinco novos produtos: carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos secos da indústria do etanol de milho (DDG e DDGS) e farelo de amendoim. A negociação, firmada entre o Ministério da Agricultura (Mapa) e a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC), reforça o avanço nas exigências sanitárias e fitossanitárias entre os dois países.

A expectativa é que as exportações desses produtos possam gerar cerca de R$ 114 bilhões, segundo estimativas do governo brasileiro. A cifra inclui também a liberação para os pescados, aprovada no final de abril. Os números foram apresentados como resultado de articulação entre o Mapa, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil em Pequim.

De acordo com dados da aduana chinesa, em 2024 a China já importou do Brasil:

  • R$ 883,5 milhões em miúdos de frango;

  • R$ 285 milhões em carne de peru;

  • R$ 8 milhões em carne de pato;

  • R$ 376,2 milhões em DDG e DDGS;

  • R$ 102,6 milhões em farelo de amendoim.

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Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a abertura das três novas proteínas avícolas pode, sozinha, representar mais de R$ 1 bilhão em receita adicional para o setor nos próximos anos. O presidente da entidade, Ricardo Santin, avaliou o resultado como um “avanço estratégico” para o agronegócio nacional.

O acordo inclui ainda a assinatura de um Memorando de Entendimento entre o Mapa e a GACC voltado à cooperação em medidas sanitárias e fitossanitárias. O objetivo, segundo o ministério, é ampliar a segurança dos alimentos comercializados e garantir padrões técnicos que protejam a saúde humana, animal e vegetal — pré-condição cada vez mais exigida pelo mercado internacional.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que esta é a maior abertura de mercado já registrada de uma só vez com a China. “Isso reflete o grau de confiança construído entre os países e a importância crescente do Brasil como fornecedor de alimentos seguros e de qualidade para o mercado chinês”, declarou.

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