A declaração ocorre em meio a movimentações em Brasília, onde os presidentes nacionais dos dois partidos — Marcos Pereira (Republicanos) e Baleia Rossi (MDB) — se reuniram para discutir uma possível união formal entre as siglas.
Apesar das tratativas, Pivetta disse que acompanha o assunto com cautela e lembrou que outras tentativas de federação já foram cogitadas, como com o União Brasil e o Progressistas, mas não avançaram. “O presidente Marcos Pereira costuma consultar os 44 deputados federais do partido. Se houver consenso, ele avança nas negociações. Foi o que impediu a federação anterior com União e PP”, comentou.
O vice-governador também fez uma análise sobre o atual sistema político brasileiro, que conta com mais de 30 partidos registrados. Para ele, as federações surgem como solução para reduzir a fragmentação e dar mais robustez às siglas com menor representação.
“Essas federações são uma forma de reagrupar partidos que, sozinhos, não têm força. O Brasil criou esse modelo de pluripartidarismo após a Constituição de 1988, mas isso não se reflete nos países desenvolvidos, onde há menos legendas e mais estabilidade”, avaliou Pivetta.
Ele destacou ainda que a polarização ideológica entre direita e esquerda é recente, e que o cenário político tende a se transformar até o próximo pleito estadual.
Pivetta é apontado como possível nome do grupo político do governador Mauro Mendes (União Brasil) para disputar o Palácio Paiaguás em 2026, mas ainda evita tratar o assunto como prioridade.