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Ainda é cedo para estimar com precisão os prejuízos para o setor, mas cálculos preliminares do governo apontam uma possível perda mensal de até US$ 250 milhões, algo em torno de R$ 1,5 bilhão, pela cotação atual.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Só em 2024, o país embarcou 5,294 milhões de toneladas do produto (in natura e industrializado), gerando receita de US$ 9,928 bilhões. Até então, o país havia conseguido manter o vírus H5N1 fora das granjas comerciais, com registros restritos a aves silvestres desde 2023.
Além do foco confirmado em Montenegro, sete outros municípios brasileiros estão sob investigação, com coletas já realizadas e aguardando análise laboratorial. São eles:
Triunfo (RS) – criação de subsistência
Estância Velha (RS) – criação de subsistência
Ipumirim (SC) – criação com fins comerciais
Nova Brasilândia (MT) – criação de subsistência
Gracho Cardoso (SE) – criação de subsistência
Salitre (CE) – criação de subsistência
Aguiarnópolis (TO) – criação com fins comerciais
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Brasil já realizou mais de 3.900 investigações de suspeitas de síndromes respiratórias e neurológicas em aves desde o início do monitoramento da influenza aviária e da Doença de Newcastle.
Até agora 18 países — sem contar a União Europeia — suspenderam total ou parcialmente a importação de produtos avícolas brasileiros:
1. México
2. Coreia do Sul
3. Chile
4. Canadá
5. Uruguai
6. Malásia
7. Argentina
Suspensão nacional
8. Cuba
9. Bahrein
Suspensão apenas do Rio Grande do Sul
10. Japão
11. Cingapura
Restrição regional (raio de 10 km de Montenegro/RS)
12. Rússia
13. Sri Lanka
14. Bolívia
15. Paquistão
16. Peru
17. República Dominicana
18. Marrocos
Apesar da gravidade sanitária, especialistas reforçam que não há risco para o consumo de carne de frango ou ovos devidamente cozidos. O vírus não é transmitido por alimentos, mas sim por contato direto com aves contaminadas, o que representa risco apenas para trabalhadores que lidam diretamente com esses animais.
Frente à situação, a indústria se mantém mobilizada para mitigar os impactos, redirecionar fluxos de exportação e reforçar as medidas de biossegurança. O Brasil conta com um plano de contingência estruturado desde 2022, desenvolvido em conjunto entre o setor produtivo, governos estaduais e federal.
A retomada plena das exportações dependerá do controle sanitário do foco detectado, da desinfecção da granja e do tempo necessário para que os países importadores restabeleçam a confiança nos protocolos brasi
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