- Cuiabá
- TERÇA-FEIRA, 12 , AGOSTO 2025
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O Corinthians jogou um balde de água fria em sua torcida na noite da última segunda-feira. Parte daquela empolgação criada depois das convincentes vitórias em cima do Palmeiras, na Copa do Brasil, ficou pelo caminho com a atuação apática da equipe contra o Juventude, no Rio Grande do Sul.
Escalado com o que tinha de melhor em seu elenco para a partida no Alfredo Jaconi, o Timão voltou a jogar mal no ano e foi presa fácil para o vice-lanterna do Brasileirão. Como reconheceu o técnico Dorival Júnior em entrevista coletiva, a derrota para o Juventude, por 2 a 1, foi mais do que justa.
O resultado por si só já é péssimo. Afinal, o Corinthians caiu para a segunda metade da tabela, deixou a zona de classificação para as competições continentais e está se aproximando do grupo dos quatro últimos colocados – são seis pontos de vantagem para o Vasco, hoje 17º colocado.
O time não vence há cinco rodadas na Série A e, embora ninguém coloque em dúvida o potencial técnico do elenco, há um sinal de alerta ligado.
Mais impactante do que a derrota foi a postura em Caxias do Sul. Se contra o Palmeiras, o torcedor corintiano viu um time aguerrido, ligado e organizado em campo, contra o Juventude foi exatamente o oposto. Salvo algumas exceções, o Corinthians foi apático, jogou de salto alto e teve uma atuação irreconhecível.
Para agravar, alguns jogadores perderam a cabeça no fim da partida e caíram na provocação do Juventude. A consequência pode ser vista nos três desfalques para o jogo contra o Bahia: Angileri e Cacá, suspensos pelo terceiro amarelo, e Romero – expulso por agressão ao adversário.
Juventude x Corinthians Brasileirão Alfredo Jaconi Matheus Babi Nenê — Foto: Fernando Alves / ECJ
Antes de entrar em campo na noite da última segunda-feira, o Corinthians via um cenário positivo se desenhar com a possibilidade de emendar o resgate das vitórias no Brasileirão com o contexto de classificação na Copa do Brasil.
A oportunidade, no entanto, foi jogada no lixo. Agora, com o deslize, o time está mais próximo da briga pelo rebaixamento do que por uma das vagas na Conmebol Libertadores de 2026. De quebra, o calendário não ajuda. Nas próximas semanas, sem Memphis Depay e André Carrillo, o Corinthians tem jogos contra Bahia, Vasco, Palmeiras e Fluminense.
Em 2025, seja no âmbito do futebol ou da política do Parque São Jorge, o clube parece estar preso em uma montanha-russa com altos e baixos. Nada é previsível, nada sai conforme o planejado e a sensação que fica é de que, vez ou outra, o maior obstáculo do Corinthians é ele próprio.
Ge | Foto: Luiz Erbes/AGIF