- Cuiabá
- TERÇA-FEIRA, 2 , SETEMBRO 2025
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Uma comitiva de mais de cem representantes do setor produtivo brasileiro desembarca nesta semana em Washington para uma série de encontros com autoridades e empresários norte-americanos. A agenda antecede a audiência pública marcada para esta quarta-feira (03.09), no âmbito da investigação conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), que analisa a imposição de tarifas adicionais a produtos nacionais.
Em paralelo à mobilização internacional, entidades brasileiras reforçaram posicionamentos sobre a recém-regulamentada Lei nº 15.122/2025, que autoriza o país a aplicar medidas de reciprocidade comercial. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) destacou, em nota, que o uso precipitado do instrumento pode enviar sinais equivocados ao mercado e comprometer a estratégia de negociação. Para a bancada, é necessário agir com firmeza, mas com sensatez, assegurando estabilidade e previsibilidade ao setor produtivo em um momento de turbulência no comércio global.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) também apontou que a aplicação imediata da lei seria prematura, uma vez que ainda não ocorreu uma rodada bilateral de negociações formais entre Brasil e Estados Unidos. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reiterou a defesa do diálogo, lembrando que o objetivo central deve ser reverter tarifas ou ampliar exceções, sem ampliar tensões.
Enquanto isso, o governo brasileiro mantém consultas abertas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e acompanha o processo com apoio de assessoria jurídica internacional. A expectativa é de que a atuação coordenada entre setor privado e governo contribua para reduzir barreiras e preservar o acesso dos produtos nacionais ao mercado norte-americano.