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13/12/2019 - 10:52

Delegada é exonerada por orientar empresário a trocar produtos piratas para se livrar de operação

Delegada Anaíde Barros foi acusada de usar o cargo público para praticar ato “ilegal” e “arbitrário” e condenada por improbidade administrativa

O governador Mauro Mendes (DEM) decretou a perda do cargo da delegada da Polícia Civil, Anaíde Barros de Souza. De acordo com a publicação do Diário Oficial desta sexta-feira (13), o decreto atende uma decisão judicial e é retroativa a 28 de fevereiro deste ano. Em outubro, o juiz Francisco Rogério Barros, da Primeira Vara Especializada da Fazenda Pública de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), determinou à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), a exoneração da delegada, além da aplicação de multa no valor de R$ 71 mil

“Considerando a decisão judicial proferida nos Autos nº 11080-62.2006.811.0003, constante no Processo nº 512142/2019 da Polícia Judiciária Civil, resolve determinar a perda do Cargo Público, a partir de 28 de Fevereiro de 2019, o servidor Anaíde Barros de Souza, RG. nº XXXX SSP/MT, do cargo de Delegado de Polícia”, diz a publicação.

Atualmente lotada na Delegacia Especializada do Adolescente, em Cuiabá, Anaide Barros foi condenada em 2012 por improbidade administrativa por usar do cargo público para praticar ato “ilegal” e “arbitrário”. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), em 7 de dezembro de 2005, investigadores da Delegacia Municipal de Rondonópolis fizeram a apreensão de CDs, DVDs e bolsas falsificadas em duas bancas do Shopping Popular de Rondonópolis, conhecido como “Camelódromo”.

O MPE sustenta que as mercadorias pertenciam ao empresário Nivaldo Duque dos Santos, que “mantinha amizade e posterior relação de namoro” com a delegada. Nivaldo teria procurado a delegada durante o plantão na mesma noite daquele dia. Na ocasião, segundo o Ministério Público,  ela o orientou a comprar produtos idênticos aos apreendidos, mas da marca original.

De posse dos objetos autênticos, a própria servidora pública se dirigiu a Unidade Regional de Criminalística de Rondonópolis e realizou a troca dos materiais apreendidos, segundo o MPE.

A troca foi feita, mas por meio de uma denúncia, o MPE tomou conhecimento do fato. Nivaldo também foi condenado na ação, tendo que pagar multa de R$ 77,2 mil.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Odocumento

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