• Cuiabá
  • QUARTA-FEIRA, 7 , MAIO 2025
  • (65) 99245-0868
08/05/2020 - 11:09

Empresário tem 15 dias para comprovar pagamento de parcelas ou terá acordo de delação rescindido, diz STF

De acordo da PGR, Alan Malouf pagou apenas um das dez parcelas combinadas no acordo de delação

O empresário Alan Malouf terá que comprovar em 15 dias se está cumprindo o pagamento das parcelas referentes ao acordo de delação premiada firmada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril 2018, quando se comprometeu a devolver em dinheiro R$ 2,2 milhões em 10 parcelas realizando 2 pagamentos anuais.

A decisão é do ministro  Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR),  que já sinalizou pela rescisão da delação, caso não sejam cumpridas as obrigações.

“Cabe acolher o preconizado pela Procuradoria-Geral da República. Oficiem ao Juízo da Sétima Vara Criminal da Comarca de Cuiabá/MT, solicitando as informações pretendidas, bem como intimem o colaborador, Alan Ayoud Malouf, para, no prazo de 15 dias, manifestar-se sobre o cumprimento das cláusulas do acordo”, diz trecho da decisão do ministro do STF.

De acordo com a PGR, Malouf só comprovou o pagamento da segunda parcela do acordo, no valor de R$ 233 mil, que venceu em dezembro de 2018. A primeira e a terceira parcelas, conforme o órgão, que venceram em junho de 2018 e junho de 2019, respectivamente, estariam atrasadas.

Ao firmar seu acordo de delação premiada, Malouf se comprometeu a pagar R$ 5,5 milhões, sendo 4 milhões de multa e R$ 1,5 milhão de dano moral. Desse valor, R$ 3,6 milhões já foram disponibilizados por meio de bens imóveis do empresário, restando ainda, o pagamento de R$ 1,9 milhão que deverá ser efetuado em dinheiro até dezembro de 2022.

Delação

Condenado a 11 anos de prisão, Alan Malouf prestou informações à Justiça no âmbito da “Operação Rêmora”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no maio de 2016. Em sua delação, o empresário revelou que o esquema de desvios de recursos da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) foi montado para pagar dívidas da campanha do ex-governador Pedro Taques (PSDB) em 2014 contraídas por meio de caixa 2. Ele admitiu inclusive que pretendia recuperar R$ 10 milhões que teria investido na campanha. Conforme a delação, foram desviados R$ 56 milhões da Seduc.

 

 

Fonte:  Odocumento

+