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Em 2020 os alunos do Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão ‘João Ribeiro Filho’ não tiveram o abraço e aconchego dos educadores no decorrer do ano – uma vez que as aulas e o atendimento na instituição foram feitas de forma remota em função da Covi-19. – porém a conclusão dos trabalhos foi feita do jeitinho que eles mais gostam, com carinho e atenção redobrada. O encerramento do ano letivo também foi marcado com a entrega de presentes e um momento para rever os colegas e funcionários do Centro.
Para a gerente do Centro Benedita Loadir Pereira Leite é uma satisfação poder receber, ainda que de forma reduzida, os alunos que participam das atividades na instituição e poder dar às crianças um momento de descontração. “Este ano o convívio foi diário, mas na telinha do computador, onde as crianças puderam se inteirar e reinventar, mas dentro de casa e com toda a segurança. Tivemos alguns obstáculos, porém não deixamos de realizar o nosso trabalho, com atendimento às mães de alunos de forma remota e também presencial, sempre resguardando as nossas crianças”, explicou.
Benedita Leite disse ainda que todo o núcleo de servidores do Centro de Inclusão se esforçou para realizar o atendimento dos alunos, e a participação dos pais foi essencial para o desenvolvimento das crianças, que puderam, mesmo que em casa, desenvolver as atividades que praticam na unidade. “O esforço de todos foi importante neste processo de inclusão dessas crianças para o convívio familiar e educacional”.
O Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão ‘João Ribeiro Filho’ atende 486 alunos, com atividades para crianças que apresentam autismo, síndrome de Down, deficiência física, visual, auditiva, deficiência intelectual e outros transtornos de hiperatividade (TDH), transtorno de leitura e escrita (Dislexia) e transtorno de aprendizagem, e que recebem atendimentos especializados nas áreas de psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, serviço social, psicoterapia.
O secretário de Educação, Silvio Fidelis, disse que o Centro tem se dedicado ao trabalho de interatividade do aluno, disponibilizando a cada estudante, acompanhamento com profissionais de áreas especializadas. “As crianças e jovens participam normalmente de suas atividades escolares em um período, e no outro, frequentam o Centro, onde são avaliados de forma individual e também em grupo, dependendo do grau de dificuldade de cada um. As salas multifuncionais foram desenvolvidas para complementar e suplementar a aprendizagem dos estudantes. Todos os profissionais que atuam no local são capacitados e possuem formação continuada para atender os alunos especiais nas escolas”.
O secretário explicou ainda que neste ano, o Centro, por questão de segurança, suspendeu o atendimento presencial, mas os trabalhos não deixaram de ser desenvolvidos, com atividades disponibilizadas em aulas on- line. E o aconselhamento e acolhimento dos pais de alunos também foram realizados de forma remota e presencial, levando em consideração todas as medidas de segurança. “Os alunos da Rede Pública de Várzea Grande passam no início do ano por um diagnóstico em sala de aula. Os que apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou algum distúrbio relacionado à aprendizagem são encaminhados ao Centro que, após uma entrevista com pais ou responsáveis, é possível o diagnóstico e posterior triagem avaliativa com equipes de profissionais, na elaboração de um Plano de Atendimento Educacional/Terapêutico. O Centro tem se dedicado ao trabalho de interatividade do aluno, disponibilizando a cada estudante, acompanhamento com profissionais de áreas especializadas. O município de Várzea Grande vem investindo em políticas públicas no que tange a inclusão de alunos que apresentam necessidades especiais e, que tem assegurado o que estabelece a Constituição no Plano Nacional de Educação (PNE), que é a obrigatoriedade de pessoas com a deficiência e com qualquer necessidade especial, frequentar ambientes educacionais inclusivos”, destacou.
Suziane Laura de Lucena, tem um filho de 8 anos que é atendido no Centro e para ela se não fosse o atendimento que ele tem recebido ao longo dos anos, o desenvolvimento dele teria sido lento e mais complicado. “Notei que nos primeiros meses em que ele chegou à instituição e que começou a ser acompanhado pela equipe multidisciplinar, teve avanços consideráveis. Como mãe me sentia impotente e não conseguia entender os seus problemas. Hoje o sinto mais calmo e tranquilo, e sei como lidar com ele e ajudar quando precisa. Está muito mais independente, e eu muito mais feliz”, comemorou.
A dona de casa Maria Emilia Rangel também compartilha da mesma opinião com relação ao desenvolvimento de sua filha, também atendida no Centro de Inclusão. Mãe de cinco filhos, só a mais velha nasceu com deficiência, não andava e nem falava. “Há três anos ela participa das atividades no centro e hoje, graças aos exercícios de fisioterapia em solo e na piscina, ela já consegue andar e sem a ajuda de ninguém. Para mim que sou mãe é uma felicidade tamanha ver a minha filha se desenvolvendo. Esse Centro é um local abençoado para a minha família e para centenas de famílias que mantêm seus filhos neste local”.
CAPACITAÇÃO: Neste ano, os profissionais do Centro Municipal de Atendimento Especializado e Apoio à Inclusão ‘João Ribeiro Filho’ passaram por diversos treinamentos continuados, e em suas áreas de conhecimento. Dentre os cursos realizados neste ano teve a formação na área de deficiência visual e auditiva, realizada em parceria com o Centro de Formação Univag.
Além disso, os profissionais da instituição também passaram por treinamentos especializados com professores da Rede Municipal de Ensino (Unidades Escolares e Infantis), quanto ao atendimento, nas unidades, aos alunos com deficiência.
Por: Kátia Passos – Secom/VG