- Cuiabá
- QUINTA-FEIRA, 6 , NOVEMBRO 2025
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O Ministério Público do Estado (MPMT) ofereceu nesta terça-feira (6) por meio do promotor Marcos Regenold Fernandes, da 12ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, denúncia contra o delegado Flávio Stringueta, por calúnia, difamação e injúria, após ele criticar o órgão por meio de publicação de artigos.
Nas publicações, o delegado da Polícia Civil afirmou que os promotores de Justiça e procuradores, dividiam as sobras dos valores do duodécimo, além de criticar gastos de R$ 1,7 milhão na compra de smartphones. “Expressamente o denunciado reafirmou, com todas as letras, que os promotores de justiça, membros do Ministério Público Matogrossense ‘rateavam’ as sobras dos valores repassados a instituição a título de duodécimo (fato determinado), o que retrata esquema de apropriação de dinheiro público, que configuraria o crime de peculato”, diz trecho da denuncia.
O MP citou ainda que as afirmações de Stringuetta ofendeu a todos os membros do MPE ao acusa-los de receber auxílio moradia de forma indevida. conduta que de acordo com o promotor, é legal e também já foi praticada pelo delegado por muitos anos ao longo de sua profissão.
“Ele próprio recebeu auxílio moradia por muitos anos quando atuou como delegado de polícia na comarca de Lucas do Rio Verde, e em condições duvidosas. E diferentemente da situação dos juízes e promotores de justiça, aquele auxílio que lhe fora pago outrora, apesar de previsto em lei municipal daquela cidade, era inconstitucional (grau máximo da ilegalidade), eis que frontalmente contrário aos princípios da moralidade, impessoalidade e probidade administrativa”.
Na ação, o promotor afirma ainda que Stringuetta já teria praticado difamação do MPE com o objetivo de se destacar e angariar um cargo político nas próximas eleições. “O mote de tal conduta possivelmente reside no fato do denunciado ter pretensões políticas de se candidatar nas próximas eleições e adotou a tática de proferir reiteradas ofensas à dignidade e a honra dos membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso e do Poder Judiciário como plataforma política
Além da denúncia de calúnia, injúria e difamação, o MP ainda requisitou, junto à Justiça, informações de cartórios de Cuiabá e Várzea Grande sobre eventuais processos criminais instaurados contra o delegado. Requer ainda antecedentes criminais, junto à Polícia Federal e Instituto de Identificação do Estado de Mato Grosso.
Fonte: Odocumento