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28/04/2021 - 13:55

Deputado estadual admite que ajudou ex-funcionário a montar empresa, mas nega que seja “sócio-oculto”

Primeiro-secretário da ALMT, Eduardo Botelho, cuja empresa de ex-funcionário foi alvo de operação

Em entrevista à TV Vila Real na manhã desta quarta-feira (28), o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM), garantiu que não possui nenhuma ligação coma empresa  Eletroconstro, que foi alvo de uma operação do Ministério Público Estadual (MPE) ontem (27).  A empresa pertence a Natalino José de Toledo, que foi funcionário do parlamentar por quase 20 anos.

As investigações apontam ainda indícios de fraudes na constituição da empresa, além de relações suspeitas entre a Eletroconstro e outras pessoas físicas e jurídicas, notadamente com a Construtora Nhambiquaras Ltda.

Botelho, apontado nas investigações como suposto “sócio-oculto”, admitiu que ajudou o ex-funcionário a montar a empresa,mas que não tem nenhum vínculo com ela. “ “Eu não sou sócio oculto. Essa empresa foi criada lá em 2010, 2011 e 2012, não sei. Uma pessoa que trabalhou comigo quase 20 montou a empresa e ajudei. Mas não sou sócio oculto. Eu na época não era político. Por quê eu iria colocar a empresa em nome de um outro cara se eu podia colocar no meu nome?”, questionou.

Botelho explicou ainda que durante a criação da empresa, Natalino continuou trabalhando com ele, porém, após algum tempo, decidiu se dedicar apenas a Eletroconstro. “Hoje eu tenho quase certeza que ele é maior do que a Construtora Nhambiquaras, porque ele está em vários municípios. Voou solo e tomou rumo”, disse.

Ele citou ainda que quando disputou a primeira eleição em 2014, o empresário dou um valor significativo em dinheiro, sendo essa, a única ligação financeira que os dois tiveram após a criação da empresa. “.Em 2014, quando fui candidato, ele fez uma doação legal para mim, que não me lembro se foi de R$ 80 mil ou R$ 100 mil”.

Durante a entrevista, Botelho citou que a Polícia Federal também chegou a investigar o caso e revelou que ele próprio prestou depoimento no inquérito, no ano de 2015. As investigações, no entanto, acabaram arquivadas. “Isso já foi investigado. Eu fui intimado pela Polícia Federal, fui lá dar depoimento. E eles arquivaram porque realmente não existe relação nenhuma relação minha com ele. Estou tranquilo”.

 

 

Foto:  Maurício Barbant    |    Fonte:   Odocumento

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