- Cuiabá
- QUINTA-FEIRA, 21 , AGOSTO 2025
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O empresário Eder Pinheiro teve a prisão preventiva mantida por determinação da juíza plantonista, Maria Rossi de Meira Borba, da 4ª Vara Criminal de Cuiabá, que conduziu a audiência de custódia na tarde deste domingo (25) no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ele deverá ser encaminhado a uma cela especial no Centro de Custódia da Capital (CCC), pois possui ensino superior.
Proprietário da Verde Transporte, Eder se entregou esta manhã na sede da Gerência Estadual de Polinter e Capturas. Ele estava foragido desde o último dia 14 de maio quando foi alvo da 3ª fase da “Operação Rota Final”, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal) e Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
Durante esse período, tentou revogar a ordem de prisão na Justiça, sofrendo duas derrotas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e uma no Superior Tribunal Federal (STF).
Eder Pinheiro é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como líder da quadrilha de empresários teriam se juntado a servidores públicos para impedir a licitação do setor de transporte público intermunicipal promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT).
As investigações que desencadearam na operação apuraram crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação do setor.
Além dele, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), a assessora parlamentar Cristiane Cordeiro, o ex-deputado Pedro Satélite, o presidente do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (Setromat), Júlio César Sales de Lima, o ex-governador Silvar Barbosa e outras 13 pessoas também foram alvos de busca e apreensão.
Investigação
A investigação que começou na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública deflagrou, ainda em 2018, a primeira fase da Operação Rota Final. Em meados de 2019, o inquérito foi encaminhado, com autorização do TJMT, ao MP, onde foi dada sequência às investigações pelo Gaeco com supervisão do Naco Criminal.
A segunda fase da operação foi deflagrada em dezembro de 2020 e a terceira em maio deste ano. O esquema criminoso revelado no inquérito policial reuniu 54 volumes de elementos de prova e foi presidido pelos delegados da Polícia Civil, Marcelo Martins Torhacs e Márcio Veras, que atuam no Gaeco.
As investigações demonstraram a existência de uma organização criminosa, liderada por Eder Pinheiro.
Foram denunciados:
Éder Augusto Pinheiro
Max Willian de Barros Lima
Júlio César Sales de Lima
Wagner Ávila do Nascimento
José Eduardo Pena
Adriano Medeiros Barbosa
Dilmar Dal Bosco
Pedro Inácio Wiegert (ex-deputado Pedro Satélite)
Andrigo Gaspar Wiegert
Glauciane Vargas Wiegert
Silval da Cunha Barbosa
Francisco Gomes de Andrade Lima Filho
Francisco Gomes de Andrade Lima Neto (ex-procurador Chico Lima)
Carla Maria Vieira de Andrade Lima
Luís Arnaldo Faria de Mello
Idmar Favaretto
Marcos Antônio Pereira
Alessandra Paiva Pinheiro
Cristiane Cordeiro Leite Geraldino
Fonte: Odocumento