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07/10/2021 - 16:44

Quadrilha que faturou R$ 400 mil em golpes pela internet era liderada por presidiário; celular revelou esquema

delegados durante coletiva de imprensa esta manhã: doze pessoas foram presas

Deflagrada na manhã desta quinta-feira (7) em seis estados brasileiros, a operação “Resarcire” cumpriu 28 mandados judiciais contra alvos de uma organização criminosa voltada à prática de crimes de estelionato. As ordens de prisões, buscas e apreensões, sequestros de bens e bloqueios de contas bancárias foram cumpridas em Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. A Justiça decretou ainda a indisponibilidade de bens imóveis dos investigados, sendo um deles uma casa, em um condomínio de luxo em Cuiabá, avaliada em R$ 500 mil.

As investigações feitas pela GCCO identificaram que o prejuízo financeiro das vítimas é estimado em, aproximadamente, R$ 400 mil em um período de apenas três meses e atingiram vítimas em seis estados – Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Em Mato Grosso o trabalho é realizado pela Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com a coordenação do delegado da GCCO, Vitor Hugo.

O líder da organização criminosa estava preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CRC), cumprindo pena por tráfico internacional de drogas, quando teve o celular apreendido. As investigações tiveram início em 2019, com a apreensão desse aparelho. De acordo com o delegado, Gustavo Belão, também do GCCO, neste período a investigação foi intensa e eficiente na identificação dos membros da organização.

Belão explicou durante entrevista coletiva que após o celular ser apreendido, todo o material foi analisado e resultou na descoberta do esquema. “Ele estava preso em 2019 e durante uma revista, o celular foi encontrado e apreendido. De lá ele comandava os golpes, que contava com a participação da esposa. O líder era responsável em aplicar o golpe, enquanto os outros 4 captavam as pessoas correntistas, que teriam as contas usadas para receber o dinheiro dos golpes”, disse.

Os líderes da organização criminosa são de Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. O trabalho investigativo apurou que esse grupo, composto por cinco pessoas, aplicava os golpes, criava os anúncios falsos e cooptava novos integrantes-correntistas. Além disso, os líderes da quadrilha praticavam a lavagem de dinheiro aplicando os recursos financeiros obtidos com as fraudes no mercado imobiliário e também acompanhavam os correntistas aos bancos para fiscalizar o saque dos valores recebidos.

O delegado lembrou ainda que essas pessoas também vão responder pelo crime, pois ficavam com 5% do valor sacado por emprestar suas contas bancárias. Na operação deflagrada nesta quinta-feira (7), 13 pessoas foram alvos, sendo que 12 foram presas. 5 são envolvidos diretamente com o crime e 8 indiretamente.

 

 

Fonte:  Odocumento

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