O deputado federal José Medeiros (Podemos) afirmou na manhã desta quarta-feira (16) que deverá deixar a legenda e se filar ao PL, PTB ou PRB, após lideranças de seu partido mostrarem descontentamento com o fato dele insistir em apoiar a eventual candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em detrimento do ex-juiz Sérgio Moro, pré-candidato à presidência da República pelo Podemos.

Líderes da legenda, como o senador paranaense Álvaro Dias, já pediram para que ele saia do partido. “Já pediram pra eu sair agora em março. O [Sérgio] Moro está como pré-candidato, e como eu sou pré-candidato ao Senado,  ficaria difícil uma candidatura a presidente e eu apoiando outra majoritária”, explicou em entrevista à rádio Capital.

Medeiros disse que buscará uma legenda da base de sustentação do governo Bolsonaro e onde possa viabilizar sua candidatura ao Senado, o que de acordo com ele, é defendida pelo presidente, tendo o senador Wellington Fagundes (PL) como candidato ao governo do estado. “Vou buscar um partido da base do presidente, mas ainda precisamos ver qual. PSD e PP, por conta da candidatura ao Neri Geller ao Senado e o apoio do senador Carlos Fávaro a ele, ficam inviáveis, sem falar que o PSD está com um pé no Lula. Então, as opções seriam PL, PRB e PTB”, disse.

“Se der certo aí esse projeto que o presidente está fazendo de montar essa chapa Medeiros senador e Wellington governador, aí tem que ver se iria para o PL para chapa pura ou se buscaria outro partido pra poder aglutinar e somar com a candidatura do governo”, completou

Conforme Medeiros, o compromisso de apoio de Bolsonaro não se estenderá nas chapas de deputados federais, que em Mato Grosso conta com Nelson Barbudo (PSL), que tentará a reeleição, Victório Galli (PTB) e Coronel Fernanda (PL), apoiada pelo presidente na eleição suplementar ao Senado em 2020.  “Sou pré-candidato ao Senado então não estou nessa disputa sobre a preferência do presidente para deputado federal. Ele sequer entrará neste embate, pois são muitos os nomes e vários aliados que devem ser candidatos. Não haverá apoio específico a um ou outro”.

Fonte:  Odocumento