Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou nesta terça-feira (23) o mandato do deputado federal, Neri Geller (PP), candidato ao Senado, apoiado nestas eleições gerais pela federação encabeçada pelo PT, PV e PC do B.

O pleno do TSE, composto por sete ministros, acompanhou o voto do relator, ministro Mauro Campbell. Com a decisão adversa, Geller fica inelegível por oito anos, a contar de 2018.

Para prosseguir com o projeto majoritário, o progressista terá que recorrer da decisão ao próprio TSE, e buscar liminar para registrar oficialmente sua candidatura ao Senado.

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com recurso contra o parlamentar em 2019, alegando que Neri teria praticado abuso de poder econômico nas eleições gerais de 2018.

A denúncia teve início com abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), oportunidade em que o MPF apurou suposto crime eleitoral praticado por Neri.

Ainda segundo o órgão fiscalizador, a campanha de Geller gastou cerca de R$ 1,3 milhão a maior, extrapolando o limite de doação por partido, conforme prevê a Lei Eleitoral.

“O candidato nas eleições de 2018, conforme narrado na inicial, fez doação fora do limite estipulado em Lei, para 11 candidatos a deputado estadual, fato que se comprova uso de força econômica para desiquilibrar o processo eleitoral”, diz trecho da acusação.

Fonte:  Odocumento