O boicote é diário, é toda hora. Há uma conspiração negativa contra a intervenção, isso é fato”, afirmou o deputado estadual Paulo Araújo (PP), que encabeça a comissão de deputados encarregada de acompanhar os trabalhos da equipe de intervenção, questionado pela imprensa no decorrer da semana em Cuiabá.

Isso ocorre — segundo ele –, “principalmente por parte de servidores contratados que são alinhados com a política da atual gestão e uma conspiração da própria prefeitura contra a intervenção. Um dos exemplos está no repasse dos recursos financeiros para a prefeitura, que ficam prejudicados”.

Paulo Araújo fez um alerta: “eu falo, quanto mais a prefeitura conspira , pior os serviços de saúde voltam para a própria prefeitura. Ainda bem que a intervenção conseguiu, com apoio do Tribunal de Contas, liberar alguns bloqueios de recursos”, disse.

Questionado sobre a falta de médicos na rede básica de saúde, se é um boicote ou uma prática antiga, que persiste na rede, o deputado disse que o problema está na falta de fiscalização. “A gestão da saúde é complicada há anos, é falta de fiscalização dos contratos, de supervisão, de regulação. Isso foi registrado pela intervenção e a gente já vinha alertando. O certo é que tem boicote, principalmente de servidores contratados que são ligados aos políticos aliados e da própria gestão do prefeito”, declarou.

O deputado estadual Paulo Araújo preside a Comissão Temporária Externa criada pela Assembleia Legislativa para acompanhar os trabalhos da equipe do Governo do Estado que atua na intervenção da saúde pública em Cuiabá, conforme determinação do Tribunal de Justiça do Estado. A Comissão Temporária Externa tem ainda a participação dos deputados da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, presidida pelo deputado Lúdio Cabral (PT).

Fonte:  Odocumento