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A projeção do Valor Bruto da Produção (VPB) da agricultura e floresta de Mato Grosso ficou estimado em R$ 170,26 bilhões, queda de 8,92% em relação ao observado no relatório passado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em relação à soja, a oleaginosa participou com 59,65% do total da agricultura e floresta, previsto em R$ 101,57 bilhões, retração de 7,84% quando comparado com a perspectiva anterior.
Apesar da produção apresentar recorde na temporada 22/23, o cenário baixista nos preços da soja nos últimos meses foi o principal motivo da queda no valor bruto. “Com a produção consolidada no estado e a comercialização da safra 22/23 atrasada em relação aos últimos anos, o principal fator de movimento no VBP será o preço da oleaginosa no estado que tem apresentado volatilidade, fato que poderá influenciar na consolidação do indicador”, diz o boletim do Imea.
Na última semana, o valor da oleaginosa fechou na média estadual em R$ 104,96 a saca de 60 kg, uma queda de 0,80% em relação à semana anterior, pautada principalmente pela grande oferta no mercado.
Para se ter ideia, em junho de 2022 a média da cotação da soja estava em R$ 142,99/saca, a desvalorização no preço foi de 36,24% no período.
A combinação do recorde na produção de Mato Grosso, dos prêmios negativos, recuo do dólar e pressão da CME-Group, foi o fator que motivou o “derretimento” no valor da oleaginosa no período. “O preço praticado atualmente não cobre o custo total da safra 22/23, o que é uma preocupação para alguns produtores que ainda tem parte das despesas em aberto para a temporada. Por fim, o desdobramento da safra dos EUA continuará influenciando as cotações da soja em Chicago, e o produtor de Mato Grosso deve ficar atento a volatilidade para conseguir os melhores preços”, orientou o Imea no boletim.
Fonte: ODOC