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Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura, e ex-governador, afirmou que a relação tensa entre o agronegócio e o governo de Lula decorre de divergências entre os valores dos produtores rurais e a política do PT (Partido dos Trabalhadores).
O principal motivo dessa preocupação é o apoio de Lula às invasões de terra como parte da agenda de reforma agrária, com o Movimento Sem Terra (MST) sendo utilizado como instrumento político para essas ações.
Blairo observou que muitos no setor rural se ressentem com a rigorosa fiscalização no campo, que por vezes é vista como injusta. “O pessoal se recente bastante com a fiscalização no campo, porque ela é dura, às vezes, até maldosa; isso estraga um pouco essa relação. Pra agricultura é muito caro o sentimento de propriedade, e a gente sabe que o partido do presidente defende a reforma agrária, ele próprio defende a invasão”, disse, durante entrevista à CNN, na noite de terça-feira (26).
De acordo com Blairo, apenas uma pequena fração dos membros do MST realmente luta pela aquisição de terras. A maioria parece servir como um braço político do PT, adaptando suas ações às estratégias do partido.
“Uma fração muito pequena do MST briga pela terra, a grande maioria é um braço político do PT que se movimenta conforme o PT precisa fazer política. Nunca faltou de nenhum governo, estados e municípios que conheço a vontade de fazer assentamento para quem realmente precisa”, afirmou.
Blairo apoiou projeto eleitoral de Lula em 2022 no estado de Mato Grosso. Além de criticar as invasões de terras, ele também expressou descontentamento com o veto ao armamento na zona rural. Argumentou que os produtores rurais frequentemente se tornam alvos de crimes e não têm meios adequados de defesa.
Fonte: ODOC