Mato Grosso deve contratar 3.318 trabalhadores temporários para atender o aumento das vendas voltadas ao Natal, a principal data comemorativa do varejo. O estado é 9º do país com a maior geração de vagas sazonais. A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que em 2023 será ofertada a maior quantidade de vagas temporárias de Natal nos últimos 10 anos.

A expectativa é de aumento de 5,6% nas vendas de Natal em relação à mesma data do ano passado, para isso estima-se a contratação de 108,5 mil trabalhadores temporários em todo o país. São Paulo, Minas Gerais e Paraná são os estados que mais devem abrir vagas temporárias.

O otimismo se baseia em aspectos sazonais das admissões e desligamentos no comércio varejista, registrados mensalmente por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mato Grosso, por exemplo, tem um dos menores índices de desemprego do país.

“Além do aumento das vendas, o sentimento de confiança também está relacionado à recuperação econômica e às melhores condições de consumo, proporcionando oportunidades significativas para os trabalhadores temporários neste período festivo”, diz o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Os setores de hiper e supermercados lideram as contratações, oferecendo 45,47 mil vagas, seguidos pelo ramo de vestuário, com 25,17 mil; utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com 15,98 mil; livrarias e papelarias, com 9,31 mil; e móveis e eletrodomésticos, com 5,7 mil vagas.

Dentre as ocupações mais demandadas estão vendedores, caixas, almoxarifes e armazenistas. O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.605, avançando, portanto, 1% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a remuneração média ficou em R$ 1.596. O maior salário médio de admissão deverá ser encontrado nas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 2.509), seguidas pelo ramo de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 1.670).

A CNC projeta taxa de efetivação dos trabalhadores temporários de 14,2% após o Natal de 2023 – ligeiramente superior à do ano passado quando o varejo efetivou 12,3% dos contratados, mas inferior ao Natal de 2021, quando o varejo ainda estava repondo as vagas que haviam sido fechadas nas duas primeiras ondas da pandemia.

Fonte:  ODOC