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Ruy Carlos Ostermann, também conhecido como “Professor”, faleceu na noite de sexta-feira (27) aos 90 anos, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vítima de complicações de pneumonia, após internação iniciada em 11 de maio ().
Uma trajetória de vidas e feitos
• Nascimento e formação – Natural de São Leopoldo, nascido em 26 de setembro de 1934. Formado em Filosofia pela UFRGS, também lecionou na mesma universidade e em colégios locais .
• Início no jornalismo – Ingressou no meio em 1962, na Caldas Júnior (Rádio Guaíba, Folha da Tarde, Folha da Manhã). Logo ganhou o apelido de “Professor” .
• Cobertura de Copa do Mundo – Foi a voz em todos os Mundiais de 1966 (Inglaterra) a 2014 (Brasil), tornando-se “O Ruy de Todas as Copas”.
• Rádio Gaúcha e Sala de Redação – Em 1978, migrou para o Grupo RBS, assumindo o Departamento de Esportes da Rádio Gaúcha. Foi âncora do consagrado programa Sala de Redação, por 33 anos, de 1978 a 2012 .
• Política e educação – Foi deputado estadual (1982 e 1986) e também ocupou as secretarias de Ciência & Tecnologia e Educação no governo Pedro Simon (1987–1990) .
• Escritor e intelectual – Autor de obras como Felipão, a Alma do Penta e Itinerário da Derrota. Em 2024, ganhou biografia escrita por Carlos Guimarães; em 2024 recebeu prêmios da RBS e Academia Rio-Grandense .
Homenagens e legado
• Clubes e instituições – Grêmio e Inter lamentaram o falecimento. A Federação Gaúcha de Futebol decretou luto oficial de três dias .
• Autoridades – O governador Eduardo Leite destacou: “Um intérprete sensível do esporte e da sociedade” .
• Velório – Ocorrerá no sábado (28), a partir das 10 h, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do RS .
O peso da voz de um gênio
Ruy elevou o rádio esportivo de Porto Alegre a novos patamares. Com olhar filosófico, transformou narrativas de Grêmio, Inter e Seleção em crônicas sensíveis e reflexivas. Seu legado é medido não só em décadas de cobertura, mas na influência sobre gerações de ouvintes e jovens jornalistas.
“O rádio esportivo gaúcho se divide em antes e depois do Ruy”, lembrou Lauro Quadros.
A partida de Ruy Carlos Ostermann deixa um vácuo imenso — mas sua voz, emp presente nas memórias dos que acompanharam seus relatos, seguirá firme como marco fundamental na história do jornalismo brasileiro.